A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados promoverá na próxima quarta-feira (02/07), duas audiências públicas sobre temas relevantes para o setor elétrico brasileiro. Às 9 horas, o colegiado discutirá a inserção de sistemas de armazenamento de energia no país. E às 16 horas, a comissão discute os riscos de sobrecarga na rede elétrica brasileira nos próximos anos.
O debate sobre o armazenamento foi pedido pelo deputado Diego Andrade (PSD-MG), que destaca a importância estratégica desses sistemas diante das transformações recentes na matriz energética brasileira. “As tecnologias de armazenamento de energia, que abrangem, destacadamente, as usinas hidrelétricas reversíveis e as baterias eletroquímicas, terão um papel fundamental e indispensável para a manutenção da segurança operativa do sistema elétrico nos próximos anos”, afirma o parlamentar.
As usinas hidrelétricas reversíveis são sistemas que podem funcionar tanto como geradores de energia quanto como bombas de água, armazenando energia potencial para uso futuro. A audiência pretende discutir os principais aspectos legais e regulatórios necessários para viabilizar a contratação, implantação e operação dessas tecnologias, tanto no Sistema Interligado Nacional (SIN) quanto nos sistemas isolados.
Já o debate sobre a sobrecarga da rede elétrica atende a pedido do deputado Hugo Leal (PSD-RJ). Segundo o deputado, publicação de fevereiro do jornal O Globo cita que relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre a segurança do sistema de 2025 a 2029 revela risco de apagões em nove estados. O motivo seria o crescimento da geração de energia por meio de painéis solares, que pode causar sobrecarga em subestações de transmissão de energia elétrica.
“Tais informações, se procedentes, aumentam, ainda mais, a preocupação em relação aos constantes apagões que nosso país tem enfrentado nos últimos anos, causando inúmeros prejuízos de ordem social, econômica e de segurança pública”, alerta Hugo Leal.
Após a publicação, o ONS afirmou que o documento não aponta risco iminente de apagão, mas as avaliações do desempenho elétrico do Sistema Interligado Nacional (SIN) num horizonte de cinco anos à frente, de modo que a operação futura ocorra com qualidade e equilíbrio entre segurança e custo. E também que seu papel é antecipar cenários, avaliar impactos e propor soluções para garantir a confiabilidade e segurança do sistema.
Diante dessas informações, o deputado considera “fundamental que os órgãos responsáveis pelo setor esclareçam essa situação e demonstrem que medidas estão sendo tomadas para mitigar ou eliminar os riscos”.
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