A matriz elétrica brasileira fechou o primeiro trimestre de 2023 com uma expansão de 2.746,5 MW, o dobro dos 1.367 MW adicionados em igual período de 2022. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) registrou a entrada em operação comercial de 82 usinas de janeiro a março. São 44 usinas eólicas, com 1.485 MW ou 54,06% do total; 23 solares fotovoltaica, com 920,2 MW (33,5%); 10 termelétricas (278,1 MW; 10,12%), quatro pequenas centrais hidrelétricas (59,8 MW; 2,17%) e uma central geradora hidrelétrica (3,4 MW; 0,12%).
Considerando apenas o mês de março, a expansão na matriz foi de 708,4 MW concentrados em 28 usinas, sendo 17 eólicas (338,5 MW), oito solares fotovoltaicas (340,3 MW), duas pequenas centrais hidrelétricas (21,3 MW) e uma termelétrica (8,3 MW).
Matriz em operação
Atualmente, o Brasil conta com 191,5 GW de potência de geração centralizada conectada ao Sistema Interligado Nacional, de acordo com os dados da Aneel. As grandes hidrelétricas representam 53,8% dessa capacidade instalada (109,77GW), as eólica, 13,19% (25,27 GW), enquanto usinas térmicas a gás representam 9,11% (17,4 GW) e as de biomassa, 8,65% (16,56 GW).
Já solar, excluindo os 19 GW de geração distribuída, corresponde a 4,38% da matriz em operação, com 8,4 GW, abaixo da capacidade de geração com óleo combustível e outros derivados, de 8,62 GW, ou 4,5%. Em seguida, aparecem PCHs e CGHs (3,44%; 6,58 GW), carvão (1,81%; 3,4 GW) e nuclear (1,14%; 1,99 GW).
Se a geração distribuída fosse incluída na matriz total de geração, a participação solar aumentaria para pouco mais de 13%.
Usinas em construção
A Aneel monitora ainda mais 107 GW de projetos com entrada em operação prevista até 2029. Destes, 78 GW são da fonte solar, dos quais apenas 2,8 GW para atender o mercado regulado (via leilões). Dos projetos solares, 6 GW já iniciaram as obras de construção. A agência avalia que esse projetos têm alta viabilidade. Dos projetos solares monitorados pela Aneel, que já têm outorga de implantação, 52 GW estão dentro do cronograma.
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