O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) enviou para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na sexta-feira (31/10), o Plano Emergencial de Gestão de Excedentes de Energia na Rede de Distribuição. O objetivo, segundo o operador, é definir antecipadamente os procedimentos que devem ser seguidos pelo Operador e pelos agentes do setor elétrico em situações emergenciais, quando houver indicação de que haverá excedente de geração de energia e não for mais possível reduzir a geração centralizada que está sob a responsabilidade do ONS. Ou seja, quando todas as alternativas operacionais da rede básica, como corte de usinas centralizadas ou ajustes em hidrelétricas, já estiverem esgotadas.
“A restrição da geração para controle da frequência é uma medida técnica essencial para garantir a estabilidade do sistema elétrico. Quando há previsão de excedente de geração e os recursos da geração centralizada, sob coordenação do ONS, se esgotarem, é necessário recorrer às fontes descentralizadas, sobre as quais o Operador não possui controle nem visibilidade em tempo real. Essa medida excepcional preserva o equilíbrio entre carga e geração e, garante a estabilidade do Sistema Interligado Nacional (SIN). No cenário atual de expansão da geração distribuída, esse cuidado é fundamental para assegurar a continuidade do fornecimento de energia e evitar riscos à operação do sistema”, declarou o diretor de Operação do ONS, Christiano Vieira.
A ação excepcional só será adotada em última instância, quando todas as outras medidas operativas já tiverem sido realizadas. Desta forma, o ONS previne riscos iminente à estabilidade do Sistema Interligado Nacional e evita a perda de controlabilidade do sistema em momentos de carga líquida muito reduzida, assegurando a continuidade de fornecimento de energia à sociedade.
Entre as medidas listadas está a gestão contingencial (redução temporária de geração) das Usinas do Tipo III, visando o controle da frequência e a manutenção da segurança da operação no Sistema Interligado Nacional (SIN). As Usinas do Tipo III são aquelas de pequeno porte, conectadas diretamente à rede de distribuição e que não são controladas pelo Operador. Em geral, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), usinas a biomassa e usinas eólicas e solares de menor porte. O ONS destaca ainda que o Plano constitui uma primeira etapa dentro de uma estratégia de segurança mais ampla no aprimoramento da gestão de excedentes de energia na rede de distribuição.
O Plano foi elaborado para ser acionado somente em situações pontuais, quando os recursos disponíveis pelo ONS para controle da geração centralizada se esgotam. Ele visa assegurar que o equilíbrio entre geração e consumo seja mantido, prevenindo impactos como desligamentos em cascata e instabilidade no fornecimento de energia para a sociedade.
Segundo o ONS, as diretrizes gerais do Plano serão apresentadas em workshop institucional destinado a todos os agentes envolvidos, em especial distribuidoras e Aneel.
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