Antecipação do fim de descontos para renováveis e mudanças na autoprodução preocupam projetos de hidrogênio verde

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Durante reunião da comissão mista que analisa a MP 1.304 no Congresso, a presidente da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde, Fernanda Delgado, disse que a ABIHV defende a manutenção do modelo atual de autoprodução e a previsão atual de fim dos descontos nas tarifas de uso da rede.

A associação representa 31 empresas que produzem, transportam ou comercializam H2V, com planos de investimento de R$ 188 bilhões para os próximos anos. Delgado lembrou que as indústrias ultraeletrointensivas como a do H2V, que representam nova demanda para o setor elétrico, também são afetadas pelas discussões da MP 1.304, que pode retirar incentivos importantes para grandes consumidores.

“A eletricidade corresponde a 60% do custo de produção de H2V, o que torna muito sensível à mudanças regulatórias do setor elétrico”, disse.

As emendas 27, 153 e 319 apresentadas à MP antecipam o fim dos descontos de uso da rede, que já têm um prazo final estabelecido na lei 14.120 de 2021. Além disso, as emendas 65, 115, 355 limitam novos arranjos de autoprodução com energia existente. O modelo de autoprodução oferece vantagens aos consumidores que se caracterizam como sócios ou investidores dos projetos de geração.

Delgado acrescentou que os investimentos previstos da indústria de H2V no Brasil estão concentrados principalmente no Nordeste, região onde está grande parte dos projetos afetados pelos cortes de geração. “Estamos conduzindo estudos técnico para que os eletrolisadores tenham flexibilidade de consumo durante o dia. São fatores que combinados transformam o H2V em demanda e eficiência para o sistema elétrico.”

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