Com cerca de 60 GW de capacidade instalada, o mercado fotovoltaico brasileiro representa uma demanda crescente por serviços especializados de operação e manutenção. Atualmente, a análise da curva IV e inspeções por drones rudimentares — sem padrão, fotogrametria ou auxílio de inteligência artificial — são as estratégias mais utilizadas para inspecionar o funcionamento das usinas em operação.
“Os limites destas abordagens são a inviabilidade de inspeções completas, já que elas são normalmente feitas por amostragem, e os altos gastos de tempo e dinheiro para execução, pois são métodos que requerem equipamentos e profissionais especializados empregados por longos períodos de tempo”, diz à pv magazine Brasil o coordenador de contas da Zeitview no Brasil, Marcelo Mello.
A companhia, que iniciou as operações no Brasil em 2025, é especializada em inspeções aéreas termográficas com uso de inteligência artificial. No país, já inspecionou cerca de 230 MWp e, globalmente, cerca de 400 GWp.
Essencialmente todas as usinas solares deveriam realizar pelo menos uma inspeção termográfica por ano, diz Mello. Estima-se que pelo menos metade das usinas em operação atualmente no país, somando 30 GW, ainda não tenha a inspeção termográfica aérea como padrão operacional, podendo ser beneficiada por esse método.
“A inspeção aérea com IA reduz tempo de coleta, tempo de análise das imagens além de não requerer um profissional muito específico para coleta de dados”.
Muitas empresas brasileiras já utilizam drones em suas inspeções, e a Zeitview vê nessa prática a oportunidade para oferecer serviços mais avançados de operação e manutenção. “Dessa forma ajudamos os clientes até a justificar o investimento feito na compra do drone. Não é necessário qualquer adaptação, o cliente só precisa fazer o voo de acordo com nosso manual e já podemos transformar as fotos em relatórios. Claro, dado que o drone do cliente tem uma câmera térmica.”
O que a inspeção termográfica pode — e o que não pode — detectar
A inspeção termográfica pode identificar todo tipo de anomalia térmica e visual, como sujeira, desalinhamento de tracker, quebras, rachaduras, vegetação, falhas de inversores, falhas de combinadores, falhas de strings, curto circuitos, diodos de bypass ativos e pontos quentes de todos os tipos e formatos.
Por outro lado, problemas que não apresentem assinatura térmica nem visual não são identificados. “Vale ressaltar que esse tipo de ocorrência é bem específica, a enorme maioria das anomalias de uma parque solar geram algum tipo de assinatura térmica ou visual na parte de cima dos painéis. A Zeitview conta com um algoritmo de IA muito avançado e com um time de engenharia experiente para garantir que os apontamentos sejam o mais precisos e confiáveis possível.”
Os problemas mais comuns
Segundo Marcelo, os problemas mais comuns encontrados em inspeções realizadas pela Zeitview são strings em falha, módulos com diodo de bypass ativo e pontos quentes próximo a fixação do painel, “possivelmente devido a torção em painéis cada vez mais largos que aumentam muito o torque e consequentemente o esforço da estrutura próximo as afixações”. Sujeira e vegetação também são fatores que comumente prejudicam a produção nas usinas solares e podem ser identificados com a inspeção aérea. “Todas estas ocorrências podem ser remediadas com processos consistentes de manutenção especialmente quando são guiados por nossos relatórios”.
Inspeções termográficas e gêmeos digitais: elevando O&M de usinas solares
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