A fonte solar acaba de atingir a marca de 60 GW de potência instalada operacional no Brasil, segundo balanço da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). De acordo com a entidade, desde 2012, o setor fotovoltaico trouxe ao Brasil mais de R$ 270 bilhões em novos investimentos, gerou mais de 1,8 milhão de novos empregos verdes e contribuiu com mais de R$ 84,4 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.
O balanço considera o somatório da geração própria solar via pequenos e médios sistemas (com 42,1 GW) e das grandes usinas solares (com 17,9 GW) espalhadas pelo país. Com isso, a fonte solar já evitou a emissão de cerca de 88,3 milhões de toneladas de CO₂ na geração de eletricidade, contribuindo para a transição energética no Brasil. Atualmente, a fonte representa 23,5% de toda a capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, sendo a segunda maior da matriz.
Apesar do relevante crescimento da última década, o setor tem enfrentado grandes desafios que prejudicam a aceleração da transição energética sustentável no País. Entre os principais gargalos identificados pela Absolar estão os cortes de geração renovável sem o devido ressarcimento aos empreendedores prejudicados e os obstáculos de conexão de pequenos sistemas de geração própria solar.
Desta forma, a Absolar defende que as Medidas Provisórias n° 1300/2025 e 1304/2025, que tratam da reforma do setor elétrico e estão atualmente em tramitação no Congresso Nacional, possam trazer soluções para os desafios enfrentados, no sentido de ampliar ainda mais a democratização da tecnologia e acelerar a transição energética sustentável.
Para o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, o avanço da energia solar é reflexo do alto potencial da fonte no Brasil e, sobretudo, dos benefícios econômicos e ambientais que traz aos brasileiros. “O uso da tecnologia pode garantir uma economia de cerca de 90% aos consumidores, além de ajudar a aliviar o orçamento das famílias, que pagam caro na conta de luz, e o custo das empresas, que passam a ter mais competividade nos negócios”, diz. “Com a forte queda no preço dos equipamentos nos últimos anos e a nova bandeira vermelha patamar 2 em vigor na conta de luz no Brasil, a atratividade para instalar um sistema solar é ainda maior”, acrescenta.
O CEO da Absolar, Ronaldo Koloszuk, destaca que a associação mantém atuação intensa junto aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, autoridades do setor elétrico, agência reguladora e distribuidoras de energia elétrica, para construir soluções efetivas aos principais desafios enfrentados pelo setor solar fotovoltaico.
“O Brasil precisa avançar em políticas públicas, programas e incentivos, incorporando boas práticas legais e regulatórias, para aproveitar melhor o potencial da energia solar no desenvolvimento social, econômico e ambiental do País, bem como na transição energética e no combate ao aquecimento global. Adicionalmente, há imensas oportunidades em novas tecnologias, como armazenamento de energia elétrica, data centers, inteligência artificial e hidrogênio verde, nas quais o Brasil pode ser grande protagonista, se construir um bom ambiente de negócios para a atração de investimentos, empresas e empregos verdes”, conclui Sauaia.
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