Em sua fachada, o mosaico que embeleza o SunRise Building, um complexo residencial em Alberta, Canadá, pode parecer servir de decoração. No entanto, misturados ao mosaico e à arte vibrante estão os módulos fotovoltaicos integrados às edificações (BIPV), que estabeleceram um recorde do Guinness Book para o maior mural de painéis solares do mundo. A instalação solar é uma extensão do mural de 26 metros de altura do edifício, uma homenagem às Primeiras Nações e às Culturas Chinesas, realizado pelo artista indígena local Lance Cardinal.
O Projeto SunRise abrange 10.516 metros quadrados e fornece 267 kW de capacidade solar para alimentar as áreas comuns do edifício. É o resultado de uma colaboração entre fabricante BIPV com sede em Toronto Mitrex, Avenue Living Asset Management, MBC Group e Chandos Construction.
Antes da instalação, o edifício construído em 1970, que está situado em uma localização privilegiada, era subutilizado no mercado imobiliário, porque precisavas de extensas renovações. Em vez de demolir o prédio, a Avenue Living informou que optou por reformar o prédio com atualizações ecológicas, uma abordagem mais ética que muitas vezes pode atrair investidores em busca de oportunidades com benefícios sociais.
A Deep Retrofit Accelerator Initiative do Canadá fornece financiamento para projetos que facilitam o desenvolvimento de retrofits profundos em edifícios residenciais de várias unidades de médio e alto nível.
Inicialmente, a Avenue Living considerou um projeto que incorporasse um mural, painéis coloridos e um sistema de 60 kW na fachada sul do edifício. Um sistema de 60 kW, no entanto, era inadequado para o prédio de 12 andares se a Avenue Living quisesse garantir o financiamento do programa de retrofit do Canadá sem sacrificar sua visão estética. O edifício precisava atingir pelo menos 50% de descarbonização para garantir o financiamento do programa de retrofit.
Para fazer isso, a Mitrex introduziu um retrofit BIPV, adornado com uma imagem personalizada do artista Lance Cardinal.
Atrás da obra de arte, está um núcleo de favo de mel de alumínio resistente acoplado a células solares. O sistema usa um sistema integrado de tela de chuva que engloba uma barreira de ar e umidade, isolamento contínuo, sistemas versáteis de sub-estrutura e revestimento multifacetado.
O projeto usou sistemas de instalação de fachada de edifícios padrão e compatíveis com a indústria que permitiram a integração nos fluxos de trabalho da construção existente. Isso elimina a necessidade de métodos de instalação especializados, disse Mitrex, o que, por sua vez, reduz os custos e a complexidade do projeto.
Após realizar uma análise, a Mitrex refinou a seleção de cores, garantindo que os painéis mantivessem a eficiência solar, preservando a integridade e a funcionalidade da fachada. A Mitrex disse que realizou uma avaliação orçamentária completa, análise e modelagem de energia e análises de cores de amostra para garantir o desempenho e a relação custo-benefício do projeto.
Imagem: Mitrex
Ao usar a fachada BIPV em vez de substituir o revestimento de fibrocimento do edifício, Mitrex disse que o projeto tem um retorno de investimento de quatro anos.
Em última análise, a Mitrex relatou que excedeu a meta original do projeto de atender a 50% de suas necessidades de energia.
A Mitrex comentou que o projeto Sunrise economiza cerca de US $ 80.000 anualmente em custos de energia a partir do quinto ano, o que equivale à receita mensal do edifício de sete unidades residenciais adicionais.
Em 2022, a Mitrex colaborou com fabricantes de barreiras acústicas para criar barreiras acústicas fotovoltaicas para rodovias.
“Parcerias como essas nos permitem descentralizar a energia e mudar a maneira como abastecemos nossas cidades”, disse o CEO da Mitrex, Danial Hadizadeh, na época.
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