Lideranças da indústria global de energias renováveis e da comunidade do setor produtivo em geral têm articulado ações estruturantes no Brasil para integrar políticas nacionais e financiamentos internacionais em fontes limpas no plano de ação da agenda da COP 30 este ano em Belém, Pará. As propostas constam no documento entregue nesta semana pelo Global Renewables Alliance (GRA), que reúne essas lideranças do setor privado e representantes de organizações internacionais, à presidência da conferência climática.
Em evento realizado em Londres no dia 24/6, a própria presidente da COP 30, Ana Toni, recebeu as propostas da comunidade empresarial, que contemplam, entre outros, modelos de licenciamento responsável no tempo adequado às necessidades do setor produtivo e expansão da infraestrutura de rede de transmissão e distribuição para eletrificação da economia e regulamentação de novos mercados e novas tecnologias, incluindo energia eólica offshore, hidrogênio verde e seus derivados, armazenamento de energia de longa duração e armazenamento de usinas reversíveis e data centers.
A executiva Camila Ramos, CEO da consultoria CELA (Clean Energy Latin America), especializada em assessoria financeira e consultoria estratégica para empresas e investidores no segmento de transição energética no Brasil e no mundo, foi nomeada para integrar o comitê diretivo do GRA, dedicado à COP 30, para atuar na articulação das iniciativas em prol da aceleração a transição energética e valorização da liderança climática do Brasil.
O grupo, formado por 20 executivos do setor empresarial e organizações internacionais, vai assessorar a presidência brasileira da conferência com propostas estratégicas para a aceleração da transição energética mundial, com foco na mobilização de compromissos concretos, integração de políticas públicas e financiamento para energia limpa.
“A COP 30 no Brasil tem tudo para ser um ponto de virada que pode alinhar a política nacional, o financiamento internacional e a ação do setor produtivo. Com ações efetivas do mercado e dos governos, podemos impulsionar uma transição energética justa, além de cumprir as metas climáticas, fortalecer a segurança energética, ampliar a competitividade e promover a resiliência econômica de longo prazo”, comenta a CEO da CELA.
Propostas do Global Renewables Alliance (GRA) à presidência da COP 30
- Convocação de um momento de alto nível sobre transição energética durante a COP30, com anúncios de planos nacionais de entrega, metas ambiciosas e financiamento direcionado.
- Definição ou reforço de metas nacionais de energia renovável para 2030 e 2035, alinhadas com o limite de 1,5°C, integradas às NDCs atualizadas.
- Compromisso com planos nacionais de redes e armazenamento de energia, com metas claras, portfólios de investimento e mecanismos eficazes de entrega.
- Mobilização financeira internacional para ampliar o uso de energia limpa em países emergentes e em desenvolvimento, com foco em pipelines de projetos e redução de riscos de investimento.
- Fomento à indústria verde, por meio de estratégias nacionais de indústria limpa e incentivo ao uso de hidrogênio verde em setores difíceis de descarbonizar, como aço e fertilizantes. A meta é apresentar pelo menos 20 projetos industriais verdes até a COP30.
- Início de um diálogo internacional sobre a transição ordenada para longe dos combustíveis fósseis, com cronogramas claros (como o da NDC brasileira) e mecanismos de acompanhamento.
- Finalização das regras do Artigo 6 do Acordo de Paris, com diretrizes práticas para ajustes correspondentes e convergência entre mercados voluntários e regulados.
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