Mesmo com a forte alta na demanda interna da China no primeiro semestre de 2025, a Risen Energy mantém sua capacidade de atendimento global sem comprometer o fornecimento a mercados estratégicos, entre eles, o Brasil. A fabricante chinesa possui atualmente mais de 48 GW em capacidade fabril anual e vem apostando na tecnologia de heterojunção (HJT).
Com presença no país desde 2012, a empresa ultrapassou a marca de 8 GW em fornecimento de módulos localmente, consolidando-se como uma das quatro principais fornecedoras do mercado nacional. A empresa atua em todos os segmentos: varejo, geração distribuída e geração centralizada, com parcerias duradouras com grandes players locais.
À frente da operação local, Ricardo Marchezini, country manager da empresa, detalhou para a pv magazine para o especial sobre módulos fotovoltaicos como a Risen tem equilibrado inovação tecnológica e escala de produção, apostando fortemente na tecnologia HJT, na expansão do mercado de baterias de armazenamento e na defesa de políticas fiscais mais alinhadas à realidade do setor fotovoltaico.
HJT ganha espaço e promete liderar grandes projetos
A tecnologia TOPCon segue com alta demanda, sobretudo no varejo, impulsionada pelo preço competitivo. No entanto, a evolução tecnológica do setor já aponta para uma nova protagonista, o HJT.

Imagem: Reprodução LinkedIn
“Essa tecnologia vem ganhando muito destaque e aumentando expressivamente sua demanda no mercado nacional, em função das suas características técnicas em proporcionar um melhor Levelized Cost of Energy – LCOE ou Custo Nivelado de Energia e retorno de investimento para os clientes e investidores”, explica Marchezini.
Entre os diferenciais do HJT, ele cita a maior eficiência dos módulos, o melhor coeficiente térmico e a menor taxa de degradação. Com isso, projetos de geração distribuída e centralizada em solo estão priorizando módulos com essa tecnologia.
A Risen, por sua vez, está na dianteira desse movimento. “Somos a principal fabricante global em módulos de tecnologia HJT. Trabalhamos continuamente no desenvolvimento e aperfeiçoamento dessa tecnologia há nove anos, com mais de 500 patentes registradas”, destaca o executivo. Atualmente, a empresa já opera com mais de 21 GW de capacidade fabril dedicada exclusivamente ao HJT.
Além disso, a fabricante também aposta na evolução dos módulos com tecnologia Back Contact. “Estamos trabalhando arduamente em pesquisa e desenvolvimento da tecnologia, com o propósito da fabricação em massa em breve”, afirma Marchezini.
BESS: know-how global chega ao Brasil
Outra frente estratégica da Risen é o armazenamento de energia. A empresa já acumula mais de 169 patentes e tem um histórico de 19 anos em baterias de lítio e mais de oito anos atuando com sistemas de armazenamento em larga escala (BESS). Com 15 GWh em capacidade fabril e mais de 4 GWh já fornecidos globalmente, a empresa figura entre os três maiores fornecedores do setor nos Estados Unidos.
“Estamos trazendo todo esse know-how para o mercado brasileiro, oferecendo soluções completas de BESS para os clientes, com todos os equipamentos e soluções técnicas desenvolvidos e fabricados internamente”, garante o country manager.
Segundo ele, a ambição é clara.“Definitivamente, trabalharemos para estarmos entre os principais fabricantes e fornecedores de BESS no mercado brasileiro, assim como somos para os módulos fotovoltaicos.”
Mais competitividade com isenção de impostos
Com a demanda por energia solar em alta e a pressão por custos mais competitivos, o mercado brasileiro caminha para uma nova fase, em que eficiência tecnológica e viabilidade financeira precisam andar juntas. Nesse cenário, fabricantes que atuam localmente terão o desafio de equilibrar inovação, escala e soluções completas, ao mesmo tempo em que lidam com entraves regulatórios que ainda limitam o ritmo de expansão do setor.
Diante desse cenário, Marchezini defende a revisão da política de importação como medida essencial para acelerar projetos solares no Brasil. “Os módulos fotovoltaicos poderiam ter benefícios fiscais de importação, isentando integralmente o imposto de importação dos módulos, visto que atualmente não há nenhuma fabricação nacional de similaridade técnica de produtos”, afirma.
Para o executivo, a isenção faria diferença direta no sucesso dos projetos. “Isto tornaria os projetos mais viáveis financeiramente, uma vez que os módulos têm o maior CAPEX de uma usina fotovoltaica”.
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