Exportações de células solares e wafers da China aumentam com queda nas exportações de painéis

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Da pv magazine Global

As exportações de células solares e wafers da China aumentaram significativamente durante o primeiro semestre do ano, de acordo com análise do think tank londrino Ember Energy.

Informações da ferramenta de dados online da empresa mostram que as exportações de células solares aumentaram 76% nos primeiros seis meses de 2025, o equivalente a 19 GW de capacidade, enquanto as exportações de wafers solares aumentaram 26%, o equivalente a 8,6 GW.

O aumento significa que a capacidade combinada de produtos solares da China foi 11% maior no primeiro semestre do que no mesmo período de 2024, apesar da queda nas exportações de painéis solares.

A Ember Energy também afirmou que células solares e wafers agora representam mais de 40% das exportações de produtos solares da China. Somente as células solares representaram 22% das exportações no período de janeiro a junho – a maior participação registrada até o momento.

O impulso nas exportações de células solares é liderado pela Índia, Indonésia e Turquia, que juntas respondem por 75% das exportações de células da China nos primeiros seis meses deste ano.

A Índia sozinha contribuiu com 52% do aumento anual nas exportações de células. A Ember Energy observou que a Índia está expandindo rapidamente sua indústria doméstica de fabricação de painéis e células. Com sua capacidade de fabricação de painéis superando a capacidade de células, o país atualmente depende fortemente da importação de células para abastecer suas fábricas de painéis.

As importações de células solares da Índia quase dobraram no primeiro semestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano passado, passando de 11 GW para 21 GW. A Ember afirmou que as importações de wafers da China também estão acelerando para sustentar a produção de células.

As exportações de painéis solares da China estão estagnadas pela primeira vez desde que a Administração Geral das Alfândegas da República Popular da China começou a reportar as exportações de painéis e células separadamente em 2022.

A Ember Energy afirmou que as exportações acumuladas de painéis caíram 5,2% nos primeiros seis meses de 2025, o equivalente a 6,7 GW a menos de capacidade. O think tank atribuiu o declínio à redução dos estoques e à desaceleração das instalações na Europa e no Brasil.

Matt Ewan, analista de sistemas de energia da Ember Energy, afirmou que as exportações de células e wafers estão “mais do que compensando a estagnação” nas exportações chinesas de painéis. “Para entender a crescente cadeia de suprimentos solar global, agora é crucial rastrear os produtos a montante dos painéis”, acrescentou Ewan. “A Índia está impulsionando o crescimento das exportações de células, enquanto os painéis agora precisam encontrar novos mercados para atingir.”

A análise mais recente do think tank acrescenta que, desde agosto de 2022, o preço das células solares exportadas da China caiu US$ 0,16/W, de US$ 0,19/W para US$ 0,03/W. No mesmo período, o preço dos painéis solares exportados da China caiu US$ 0,20/W, de US$ 0,29/W para US$ 0,09/W.

“Mais de 50% do custo bruto dos painéis solares chineses agora é proveniente de outros componentes além das células solares, como o revestimento de vidro e a borda de alumínio”, afirmou a Ember Energy.

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